ATUALIZAÇÃO EM SISTEMÁTICA MOLECULAR DE LEVEDURAS.

Dra. Patrícia Valente
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
patricia.valente@ufrgs.br

A abordagem polifásica para a sistemática de leveduras é um consenso universal. Algumas etapas são usualmente seguidas na sistemática molecular de leveduras: 1) reconhecimento de que os isolados pertencem à mesma espécie; 2) designação dos isolados a uma espécie determinada; e 3) percepção de que os isolados não pertencem a nenhuma espécie de levedura atualmente reconhecida, tendo como consequência a descrição de novas espécies. O princípio atrás de todos os métodos moleculares usados na etapa 1 é que os isolados que pertencem à mesma espécie possuem perfis similares.
Em relação à etapa 2, vários métodos moleculares tem sido usados em taxonomia de leveduras, mas o sequenciamento de ácidos nucléicos parece ser o mais promissor. Existe um banco de dados extenso sobre seqüências completas e parciais do 18S rDNA, porém as regiões mais influentes para taxonomia e filogenia de leveduras são as regiões D1/D2 do 26S rDNA e ITS, com uma tendência atual de análises multigênicas, com o sequenciamento de vários genes ou regiões do DNA. As relações filogenéticas são representadas por meio de árvores ou redes (networks). O uso de métodos moleculares tem impactado a classificação de leveduras nos níveis de gênero e espécie, com um aumento estratosférico no número de novas espécies de leveduras reconhecidas nos últimos anos.